quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Depois da Tempestade

"E buscava nas leituras um texto que servisse de aconchego para o meu corpo cansado de andar por aí, queria mesmo ver se essa experiência contada por outra pessoa, através de uma música, de um poema, uma crônica, uma matéria qualquer. Soaria semelhante a isso que me entala o peito como uma pedra, como uma coisa que não tem cachaça que dissolva, que dilua. Nem mesmo Vodka, meu amigo Maiakovski. Nessa busca, descobri o que já supunha quase certo: essas coisas que não digo o nome pra não lembrar – um recurso pueril, é bem verdade, mas é o que tenho no momento, e é dele que vou fazer uso –, essas coisas encontram todo dia um cristão diferente, como numa brincadeira de criança, mudando apenas as personagens que viverão o drama, ou a comédia dramática. É como naquelas brincadeiras de criança, como a da cabra-cega, onde quem é apanhado primeiro vai assumir o lugar de quem vivera, momentaneamente, o drama de ser cego, de se deixar guiar pelos instintos de sobrevivência e caminhar nas areias movediças das dúvidas"


Xico Fredson!

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